Cinco atividades do varejo tiveram alta em abril
SÃO PAULO, 6/12/25 - Em relação a abril de 2024, cinco dos oito setores investigados no comércio varejista cresceram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (7,8%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,9%) e Móveis e eletrodomésticos (0,7%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12).
As outras três atividades apresentaram resultados no campo negativo: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-5,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,9%).
No comércio varejista ampliado, todas as três atividades adicionais tiveram resultados negativos: Veículos e motos, partes e peças (-7,1%), Material de construção (-2,7%) e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,4%).
Para a atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., o indicador registrou crescimento de 10,9% na comparação interanual, invertendo sinal registrado no mês anterior (-6,3% em março de 2025 contra março de 2024). O setor foi o segundo que mais contribuiu, no campo positivo, para o resultado global, somando 0,9 p.p. ao total de 4,8% do varejo. A atividade também mostra crescimento de ritmo em relação ao acumulado no ano, passando de 0,1% em março para 2,7% em abril. O mesmo acontece para o acumulado nos últimos doze meses, que registrou 6,0% até abril.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou alta de 7,8% nas vendas frente a abril de 2024, décimo resultado positivo consecutivo. Com isso, a atividade registrou a segunda maior alta, na comparação interanual, entre as atividades do comércio varejista, contribuindo com 0,4 p.p. ao total de 4,8% do volume do comércio. O setor acumula ganhos de 4,9% no ano. No acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,7% até março para 4,6% até abril, o setor demonstra aumento no ritmo de ganhos.
O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou alta de 6,4% nas vendas frente a abril de 2024, primeiro resultado positivo para esse indicador desde janeiro de 2025 (2,8%). Com isso, o setor alcançou a maior contribuição, no campo positivo, somando 3,6 p.p. ao total de 4,8% do varejo. No ano, o setor acumula 1,8% de crescimento até abril, acima do patamar de março (0,3%). Nos últimos doze meses, o valor também é positivo, passando de 2,8% de ganhos até março para 3,4% até abril.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 1,9% nas vendas frente a abril de 2024. Ao todo, são 26 meses consecutivos registrando crescimento: a última vez que houve queda para o setor foi em março de 2023 (-0,5%). Com isso, o setor acumula no ano, até abril, 3,2%, abaixo do acumulado até março (3,6%). Nos últimos doze meses o acúmulo é de 5,7% até abril, uma diminuição da intensidade dos ganhos, uma vez que o resultado até março havia sido 6,5%.
O setor de Móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 0,7% nas vendas frente a abril de 2024, sétimo resultado positivo na comparação interanual. O último mês a registrar taxa negativa foi setembro de 2024 (-0,2%). Ainda na leitura interanual, nos últimos 16 meses, o setor apresentou 14 resultados positivos e dois negativos. No acumulado no ano até abril, ao passar de 5,7% até março para 4,4% no mês de referência, a atividade mostra diminuição no ritmo de ganhos. O mesmo se dá para o acumulado de doze meses, que passa de 5,6% até março para 5,0% até abril.
O agrupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo: -3,8% em fevereiro, -2,1% em março e -5,2% em abril. A trajetória de queda ocorreu em sete dos últimos nove meses na comparação interanual. No ano, o setor acumula perdas, passando de -1,4 até março para -2,4% até abril. Nos últimos doze meses, o setor mostra inversão de trajetória, ao passar de +0,4% até março para -1,1% em abril.
O grupo de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou a décima segunda queda consecutiva (-3,8% frente a abril de 2024). Houve apenas duas altas na atividade, desde janeiro de 2023: em janeiro de 2023 (18,3%) e abril de 2024 (2,4%). No ano, o setor acumula perdas consecutivas por 23 meses, chegando a -3,9% até abril. Nos últimos doze meses, o cenário é similar: 20 meses negativos consecutivos, atingindo -6,4% até abril.
Na comparação interanual, o setor de Combustíveis e lubrificantes apresentou a primeira queda (-1,9%, frente a abril de 2024) pela primeira vez desde dezembro de 2024 (-1,8% em dezembro, 1,3% em janeiro de 2025, 2,2% em fevereiro e 1,1% em março). Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 1,5% até março para 0,6% no mês de referência, a atividade mostra diminuição no ritmo de ganhos. Nos últimos doze meses, o resultado é negativo: -0,8% até março contra -1,1% até abril.
No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram queda (-7,1%) na comparação de abril de 2025 com abril de 2024, maior recuo desde julho de 2022 (-8,5%). O resultado de abril foi a maior contribuição negativa dentre os onze setores para o varejo ampliado, alcançando -1,4 p.p. do total de +0,8%. No acumulado do ano, houve desaceleração, passando de 5,2% até março para 1,8% até abril. O mesmo se deu para o acumulado dos últimos doze meses, passando de 10,5% até março para 7,6% até abril.
O grupo de Material de construção também apresentou o primeiro recuo depois de dez meses de altas queda (-2,7% frente a abril de 2024). No acumulado no ano até abril, a atividade mostra diminuição no ritmo de ganhos ao passar de 6,1% até março para 3,8% até o mês de referência. Nos últimos doze meses, o ritmo também se inverte: 5,5% até fevereiro, 6,8% até março e 5,2% até abril de 2025.
A atividade de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou sua nona taxa negativa consecutiva (-2,4%). Na comparação interanual, tem havido predominância de resultados negativos: desde março de 2024, apenas o mês de julho (0,6%) não foi negativo. Houve perdas tanto no acumulado do ano (-5,8%) quanto no acumulado dos últimos doze meses (-7,4% até abril).
(Redação - Agenda Enfoque)