Produção industrial avança 3,1% ante março/2024

09:08:22 - 07/05/2025 -

SÃO PAULO, 5/7/25 - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 3,1% em março de 2025, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 55 dos 80 grupos e 55,4% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2025 (19 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (20).

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (5,4%), produtos químicos (8,3%) e máquinas e equipamentos (10,0%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo, minérios de ferro, minérios de cobre e de manganês e seus concentrados e gás natural, na primeira; herbicidas para plantas, inseticidas e fungicidas (ambos para uso na agricultura) e fertilizantes químicos das fórmulas NPK, na segunda; e aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo 'split system'), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, ferramentas hidráulicas de uso manual, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e máquinas para colheita, na terceira.

Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,7%), de metalurgia (5,3%), de produtos alimentícios (1,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), de produtos têxteis (12,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (6,2%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,9%).

Por outro lado, ainda na comparação com março de 2024, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, impressão e reprodução de gravações (-18,7%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de impressos de segurança com controle de adulteração e de impressos para fins publicitários ou promocionais em filmes. Vale destacar também os impactos negativos registrados pelos setores de outros equipamentos de transporte (-6,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,3%) e de produtos do fumo (-10,9%).

Bens intermediários assinalou a maior expansão frente a março de 2024

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens intermediários (3,7%) assinalou, em março de 2025, a expansão mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (2,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (2,2%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas apontaram avanços menos elevados do que o verificado na média da indústria (3,1%). Por outro lado, o segmento bens de capital (-0,2%) assinalou o único resultado negativo em março de 2025.

O setor produtor de bens intermediários mostrou expansão de 3,7% em março de 2025 frente a igual período do ano anterior, após registrar variação negativa de 0,2% em fevereiro último, quando interrompeu oito meses consecutivos de taxas positivas nesse tipo de comparação. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de produtos químicos (12,2%), de indústrias extrativas (5,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (11,9%), de metalurgia (5,3%), de produtos têxteis (15,4%), de produtos alimentícios (3,2%), de máquinas e equipamentos (5,9%), de celulose, papel e produtos de papel (3,7%), de produtos de minerais não metálicos (0,9%) e de produtos de metal (0,8%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,5%) e produtos de borracha e de material plástico (-0,8%).

A produção bens de consumo duráveis, ao crescer 2,8% em março de 2025 frente a igual período do ano anterior, marcou a décima taxa positiva consecutiva, mas a menos elevada dessa sequência. Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de eletrodomésticos da 'linha marrom' (14,8%). Vale destacar também os avanços registrados pelos grupamentos de outros eletrodomésticos (21,4%) e de móveis (5,2%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram assinalados por automóveis (-3,8%), eletrodomésticos da 'linha branca' (-4,3%) e motocicletas (-0,9%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis mostrou expansão de 2,2% em março de 2025 e assinalou o primeiro resultado positivo desde outubro de 2024 (3,9%). O desempenho positivo nesse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços observados nos grupamentos de carburantes (8,0%), de não duráveis (2,8%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,9%), impulsionados, em grande parte, pela maior produção de gasolina automotiva, no primeiro; de medicamentos, cigarros, sabões ou detergentes em pó e em líquidos, revistas periódicas impressas sob encomenda, preparações tensoativas para lavagem e limpeza para usos doméstico ou industrial e inseticidas para usos doméstico ou industrial, no segundo; e de refrigerantes, carnes e miudezas de aves congeladas, cervejas e chope, refrescos, sucos ou néctares de frutas prontos para consumo, preparações e conservas de peixes, bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos congeladas, sucos concentrados de laranja e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, no terceiro. Vale citar também os resultados positivos registrados pelos grupamentos de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (23,3%) e de semiduráveis (0,5%).

O setor produtor de bens de capital mostrou variação negativa de 0,2% em março de 2025 frente a igual período do ano anterior e interrompeu onze meses consecutivos de taxas positivas. Na formação do índice desse mês, o segmento foi pressionado pelos recuos observados nos grupamentos de bens de capital de uso misto (-4,1%) e para fins industriais não seriados (-7,6%). Por outro lado, os subsetores de bens de capital para fins industriais seriados (5,4%) e agrícolas (15,4%) assinalaram as principais influências positivas em março de 2025. Vale destacar também os avanços registrados pelos grupamentos de bens de capital para equipamentos de transporte (2,1%), para construção (5,1%) e para energia elétrica (2,2%).
(Redação - Agenda Enfoque)

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